HappyBirth for Me

28/04/10

Eu odeio aniversários. Principalmente se for o meu. Pessoas te dando parabéns por algo que você não teve a mínima participação. Se é pra me dar parabéns, seja quando eu tiro nota boa ou amarro meu cadarço certo (aí eu nunca ia ganhar parabéns, por causa do cadarço, claro). Esse negócio de ser centro das atenções não é comigo. Pessoas que só lembram do teu aniversário por causa do orkut (alguém me ensina a tirar aquilo?) e ainda tem gente que compete pra ver quantos recados ganhou! Eu realmente gosto de festas, mas odeio aniversários. Dou festas de formatura, de fim de ano, de comemoração pelo esmalte novo, mas festa de aniversário é uma coisa que eu não gosto. Ainda não acredito que minha mãe me convenceu a fazer festa. Mas o verdadeiro motivo foi o Álvaro chegando “Yaa, vai ter baladinha trash?” (frases do Vinho que sempre alegram este blog nostálgico). Mas é claro, não vai ser nenhuma rodinha de pagode com um bolo com um 13 de vela. No máximo uma cantoria de reagge na beira da piscina e umas besteiras dignas de blogueiros, mas isso a gente faz todo o dia. A passagem, a troca de idade e blá, blá, blá até que é importante para mim, e escrevendo esse post um dia antes do niver, sabendo que amanhã vou acordar com todo mundo em cima de mim gritando um “parabéns para você” bem desafinado, vou dormir. Talvez eu leve ovada e talvez eu mate alguém, talvez eu seja morta. Parabéns para mim.

29/04/10

“Parabéns, pra você, nesta data querida” Ok, tem música mais manjada que essa? Pois é, mas foi com ela que comecei o dia. Depois de três parabéns pra você, três mensagens no msn, 34 abraços, 32 recados no orkut, quatro presentes, quatro ligações tanto de Santarém quanto de Belém, três respostas de “o que quer ganhar?” e alguns “nossa, parece que foi ontem que eu te vi nascer” ou “nossa, como está moça”, eu sobrevivi! Sem ovada, uma comemoraçãozinha na cantina foi o mais divertido do dia. A parte mais engraçada foi o Vinho disputando chocolate com a pirralha da quinta série. Não estendeu catipa? Explico. Estava lá eu, solitária na mesa da cantina quando chegam Anny, Mary, Vinho, Gu, a beesha branca da mercearia (Lucas), o Caio e o Enderson. Tudo beleza, “parabéns, Yaah”, Álvaro magicamente tira um caixa de chocolates de dentro da camisa. Começamos a comer e falar de nossos assuntos que não são indicados para comentar em um blog de família, mas lá estava minha irmã terrorista-mirim atacando novamente. Pulou como um gato por cima da caixa de chocolates e arrancou dois Serenatas de Amor (meus favoritos) da caixa. Segurada por mim e pelo Álvaro, ela não desistiu e acabamos desistindo de pegar a pequena meliante e aproveitando o resto do recreio. Então veio a saída, a tarde MEGA-MONÓTONA, página de recados cheia, a notícia de que minha avó vem para cá...
Sobre minha avó. Boa pessoa, embora, pouco paciente, e quase surda. Com ela a gente tem que gritar, além de que ela sempre erra meu nome. São 9 netas ao todo, ela insiste em começar:
_Rhaisa, Paula, Carla, Clara, YASMIM, MINHA FIIIIILHA, VENHA AQUI COM A VOVÓ.
Além disso, dona Frota insiste que eu sou a empregada da casa quando está aqui, por isso vai me fazer sair de minha rotina sedentária e lavar louça, fazer café, dormir cedo, não pode ouvir som alto (pra ouvir o que a gente diz é o Ó, mas pra ouvir som...), não pode gritar pra alguém, tem que ir lá e chamar, entre outras. Parabéns para mim.

01/04/10

Finalmente, a festinha tão esperada (-n). Nada de velas, graças a Deus. De chapinha até a raiz do cabelo, salto alto, um cinto que quase não me deixava respirar, uma maquiagem que me deixava parecendo branca, fui eu, como se fosse gente. Muito trash, povo desanimado, até que chega nada mais nada menos do que o Álvaro, do Secrets WV (olhar nos indicados) com suas piadinhas prontas e tudo mais. Logo vem Gustavo, o branco com coração de preto com seus maravilhosos origamis (que o Vinho ciumento destruiu). É claro que o melhor não foi a rodada de pizza, o Anderson implorando por mais um pedaço de calabresa, a Brenda e a Carol disputando batata frita, a Lady Gaga tocando Bad Romance, nem mesmo o Parabéns e o primeiro pedaço de bolo que foi do Vinho, ou quando ficamos mandando beijinhos para a tia que ficava olhando a gente da janela. Com certeza, o melhor foi quando deu ALOKAA na Cíntia e ela resolveu se jogar na piscina. Quase todos a seguiram, inclusive eu. Quase matamos um casal que tentava ter privacidade atrás da moita, quebramos um poste (que eu já tinha entortado em outra ocasião), estressamos o garçom que tentava nos obrigar a sair da piscina, entre outras coisas que valeram à pena. Vendo meus amigos correndo como há muito tempo não via, fazendo coisas que não fazíamos por falta de tempo ou disponibilidade para encontrar-mos, percebi como às vezes nós esquecemos a graça de estar com os parceiros, mesmo que eles não sejam aqueles de confiança, para os quais você conta todos os segredos, mas aqueles que só de ver já te alegram. Os que sabem exatamente como te deixar animada. É claro que teve a piadinha clássica da noite, mas foi do Enderson.
_Gente, vou de fininho, porque se virem um preto saindo molhado, sem camisa e com o sapato na mão saindo desse hotel, o que é que vão pensar?
FAIL? Eu sei.
A questão que fez meu aniversário um dia divertido não foi a piscina, a comida, a presente ou a música e sim meus amigos que estavam lá comigo. A farra, a bagunça e a zoação realmente valeram à pena.
Uma frase sábia para terminar o post gigante, ok?
...a realidade é apenas uma ilusão provocada por uma aguda escassez de álcool!

PS: fiz esse post me empanturrando com a caixa de chocolates que o Gu, do Secrets WV me deu. 8)

@yasmimlopes